Diário de gratidão - Dia 179
Os meus livros. Os meus livros fazem parte da minha felicidade. Graças a eles sou uma mulher muito mais informada, muito mais consciente. E no Dia do livro que maior graça poderia escolher?
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Os meus livros. Os meus livros fazem parte da minha felicidade. Graças a eles sou uma mulher muito mais informada, muito mais consciente. E no Dia do livro que maior graça poderia escolher?
Em que não paro no trabalho. Há outros em que a calmaria é tanta que até chateia. Não era possível o meio termo?
Uma pessoa conhecida que outro dia viu uma (pequena) parte dos meus livros perguntou-me se já o tinha lido todos ( pareciam-lhe muitos) e tendo eu respondido que sim, perguntou o que lhes ia fazer, se os ia vender, que ainda ganhava um bom dinheiro. De certeza que ele percebeu o meu ar ofendido com tão infame pergunta! Vender o meu tesouro? Vender a única herança que posso deixar aos meus filhos? Não, não mesmo! E se quando morrer, se nenhum dos miúdos os quiser (tenho quase a certeza que um deles os vai querer, mas nunca se sabe) a minha última vontade será que sejam doados a uma biblioteca, onde tenho a certeza que nunca faltará gente que os estime e aprecie tanto como eu. Que fique aqui registado.
Leio (livros) desde que aprendi a ler. Já tinha fascínio pelos livros antes, mas quando aprendi a ler abriu-se um mundo novo perante mim. Sempre fui uma miúda tímida e os livros eram os meus melhores amigos. Cresci rodeada deles, não tivesse eu ascendência de leitores fervorosos. Lá por casa havia livros de todos os géneros, grandes clássicos, livros políticos, livros sobre História, enciclopédias, romances de cordel, autores portugueses, autores estrangeiros, de tudo um pouco. Lembro-me de com a pequenina mesada que recebia todos o meses ir a correr comprar mais um livro d'Os Cinco ou d'Os Sete. Eu vivia aquelas aventuras!
Passados tantos anos, a paixão continua. Não consigo viver sem um livro à minha beira. Continuam a transportar-me para um outro mundo, um mundo só meu que me mostra o mundo dos outros. E, como disse ontem num comentário, vivo na esperança de ganhar o Euromilhões para poder viver o resto de todos os dias da minha vida a ler todos os livros que tenho e ainda vou ter.
No regresso a casa, caminhei devagar, sem as passadas largas e rápidas que costumam ser o hábito nos outros dias. Deu-me tranquilidade e soube-me bem. Cheguei a casa 5 minutos mais tarde, mas 5 minutos mais paciente.
A alegria do meu filho quando me ligou só para dizer que o dia de escola correu muito bem. Só por isso.
O momento de gratidão de hoje aconteceu logo de manhã quando o meu filho disse "hoje saímos todos felizes de casa". Tradução: hoje não houve confusões, todos colaboraram e saímos de casa com tempo, sem pressas, sem resmunguices. E soube muito bem, tão bem que até o miúdo notou.
Tenho tanto que fazer depois de sair do trabalho que acho que vou dormir muito pouco ou nada mesmo. Solução para o futuro ( que para hoje não há outra senão aguentar, que é para aprender): Procrastinar menos.
Hoje, logo desde manhã, tive uma enxaqueca brutal, que me provocou dores de cabeça como nunca tinha sentido. Comprimidos não resolveram, dormir não resolveu, já não sabia o que fazer. Desesperada, resolvi meter-me debaixo debaixo do duche, com a água a bater directamente na cabeça e foi assim que consegui finalmente o alívio. Aquele momento em que a dor abranda e aos poucos se apaga, esse é o meu momento de maior gratidão hoje. No momemto alto da dor estava sinceramente assustada, com medo que me acontecesse alguma coisa. Pedi a Deus que me ajudasse, tal era o desespero. Pensei nos meus filhos. Pensei que poderia ficar sem eles. Foi muito assustador. Mas já passou e isso é que importa.
Uma das orações cantadas que ouvi na missa da catequese de hoje. Ao ouvi-la senti uma paz tranquilizadora. Obrigada.