Diário de gratidão - Dia 490
A felicidade do primeiro ordenado. Como ele estava feliz!
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
A felicidade do primeiro ordenado. Como ele estava feliz!
Acordar tarde. Para quem há uns anos era acordada com um "mããããe, quero ver bonecos!" às 5.30h ao fim de semana, acordar às 9h e o pessoal ainda estar a dormir, sabe a paraíso.
O silêncio, enquanto esperava no carro que a catequese acabasse. A chuva a bater nos vidros. A noite a chegar. O silêncio..
Dia de ordenado, contas pagas. Sobra pouco, mas o suficiente para passar o mês tranquilamente. Tenho um emprego e um ordenado certo ao fim do mês. Só posso estar grata por isso, sem dúvida.
Estou sentada num sofá e fazia intenção de ler, mas está a ser impossível porque estão dois jovens à minha frente cujo discurso não passa de 'tipo', 'bué', 'anyway', 'awkward'. Com isto tudo o livro torna-se awkward, tipo já leio bué desconcentrada. Anyway, tenho de ir trabalhar...
Almoço com o filho mais velho. Matar saudades. Partilhar a paixão pelos livros. Rir à gargalhada quando a senhora que lhe entrega os 6 livros que ele encomendou fica espantada por serem para ele ler por prazer e não por obrigação de uma disciplina qualquer. Já disse que é provavelmente ele quem vai aproveitar mais todos os meus livros? Provavelmente é. Tenho filhos para todos os gostos. Letras para um, ciências e números para outro e ainda artes para outro. Sou uma sortuda, uma mãe babada. Como não estar grata?
Mais um que vem das prateleiras "to read" lá de casa. Comprei-o no ano passado, num impulso. Não tenho expectativas sobre ele, pois o que li por aí não me elucidou muito. Digamos que 'vou à sorte'.
O prazer que a leitura me proporciona. Viajo para outros mundos.
Meu Deus! Que livro tão bom, apesar de tão "escuro". Acho que nunca li um livro que me tivesse causado tanta angústia, um nó tão grande no estômago como este. E que, apesar disso mesmo, me obrigou a lê-lo até à última página, até à última letra com tanta sofreguidão (como vêem, até já eu escrevo de forma "dramática", influenciada pelo livro...).
(a minha crítica ao livro deixada no Goodreads)
Sentir que, aos poucos, alguém de quem gosto muito e que me é muito próximo, se começa a erguer. Devagar, mesmo muito muito devagar, mas começa a erguer-se.