Transmitir à minha filha todo o significado deste dia, tudo aquilo que já foi conquistado e tudo aquilo (muito, infelizmente) que ainda há por fazer. Dizer~lhe que nunca deve deixar de lutar por tudo aquilo a que temos todas direito e que é negado a tantas mulheres por esse mundo fora.

Já li tanta parvoíce sobre um dia que deveria despertar consciências para a situação das mulheres por esse mundo fora que, por mais que lutem, continuam a ser discriminadas, a ser tratadas abaixo dos animais, a ser obrigadas a viver em condições sub-humanas, só porque algum homem, nos seus países, assim o decide

Almoços, jantares, flores, prendas, girls night? Isso não é o Dia da Mulher, senhoras e senhores.

Uma carteira vermelha às bolinhas pode fazer toda a diferença num dia tristonho. Hoje fez.

Hoje foi um dia especial. Os meus primos fizeram 50 anos de casados. Tive (e tenho) o privilégio de assistir ao seu amor e cumplicidade ao longo de quase todos estes anos (não tenho 50 anos, mas estou lá muito perto). Hoje tiveram filhos, netos, irmãos, primos, tia (a minha mãe), amigos junto deles para celebrar a sua longa união. Voltaram a trocar alianças e votos. E só espero que o possam fazer novamente quando chegarem aos 75 ano de casados. Estou tão grata por este dia!

Dia sem precalços, sossegado e com pessoal feliz ao final da noite. Tudo isto, só por si, é motivo de gratidão.

Dois livros novos, dois/três autores que adoro ler. É difícil explicar esta minha paixão pelos livros, pelas histórias que cada um conta, alguns tão parecidos, outros tão diferentes. Apenas digo que sou muito grata por ter herdado uma 'biblioteca' tão preenchida dos meus pais e por poder continuar a aumentá-la e a partilhá-la com os meus filhos.

Abandonado que está o livro anterior (fica para ser lido noutra altura mais certa), regresso a um dos meus autores de eleição. Este é o segundo da saga Harry Hole, apesar de só agora ter sido ediado em Portugal. Tenho a certeza de que vou gostar tanto como os outros 8.

A pessoa decide que o livro que está a ler tem de voltar para a estante porque não é para ser lido por agora. A pessoa fica sem nada para ler à hora do almoço. A pessoa está desconsolada. A pessoa tem uma ideia. A pessoa vai à Bertrand mais próxima. A pessoa compra não um, mas dois livros. A pessoa está contente. A pessoa não chegou a almoçar.

Decidi abandonar o Martin Amis para já. Vai voltar para a prateleira dos 'to read' até achar que é a altura certa para o ler. Estava a ser demasiado penoso (não será a palavra mais certa, mas de momento não encontro outra) lê-lo. É demasiado cru, revoltante, 'nojento', e acho que tenho que estar com outro estado de espírito quando voltar a ele. Porque quero lê-lo. Mas não agora.

Que a filha de quatro anos lhe responde e lhe diz que ela é que manda, que no infantário quando contrariada deu uma chapada à educadora, que não consegue que ela lhe obedeça, o que é que tu fazes? Dizes realmente o que pensas, ou preferes calar-te para não te chateares? Jasus!