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Somos como a água e o vinho, diferentes em praticamente tudo. E nestas alturas nota-se ainda mais. Eu sofro para dentro, calo-me, fecho-me. Ela extravasa, fala pelos cotovelos, não pára quieta. Eu leio ainda mais. Ela não consegue ler (ela é tão ou mais leitora que eu).
O aniversário do filho. Vê-lo sentir-se crescido.
Na www.levo.pt
(ninguém me pagou para isto, mas gosto de partilhar boas oportunidades)
Infelizmente o prognóstico da minha mãe não é bom. O cancro já está demasiado alastrado, por isso o tratamento (se reagir bem) é só para lhe dar mais tempo. Agora é um dia de cada vez e ter fé. Agora, mais que nunca, este diário vai fazer sentido. Encontrar em todos estes dias motivos para agradecer mais um momento para mais tarde recordar. A gratidão destes últimos dias que passaram vai para todos os médicos que a têm acompanhado, excepcionais. Obrigada.
Passou praticamente uma semana desde o último Diário de gratidão, mas as expectativas ali mostradas mantém-se. Já sabemos mais algumas coisas, confirmando o cenário menos bom, mas faltam ainda outras que determinarão o rumo a seguir. Pelo meio já choramos, já rimos, já barafustamos, já dissemos disparates. E tivemos a confirmação que temos bons amigos e uma família fantástica, que se uniu à nossa volta. E isso é o meu melhor motivo de gratidão.
Depois de tanta alegria no domingo, caiu a ficha. Tem sido uma semana muito complicada no que toca à saude das minhas pessoas. Depois de tantos meses de doença da minha irmã, agora que mostrava sinais de começar a subir o poço em que tem estado, eis que surge a notícia de um problema muito grave com a minha mãe. Ainda não há certezas de nada, mas as perspectivas não são positivas. Aguardamos com o coração nas mãos os resultados de exames que estão a ser feitos. Depois o miúdo, a sua lesão no joelho será mais grave do que se pensava e perspectiva-se uma operação e uma recuperação de alguns meses. Este diário de gratidão (que esta semana não teve nada de diário) tem por objectivo registar pelo menos uma coisa boa, agradável que tenha acontecido durante o dia, tentado dar mais importância ao que de bom acontece sobrepondo-se ao menos bom. Numa semana assim é difícil fazê-lo, mas fazendo um esforço tremendo posso dizer que o mais positivo desta semana será a força e a união que as minhas pessoas têm mostrado perante a adversidade. Apesar de já estarmos habituados a ela (tem sido uma vida inteira de luta, às vezes bem difícil), somos sempre apanhados de surpresa quando surge mais um embate. Mas isso é sempre o nosso choque inicial, logo de seguida pegamos em todas as armas que possuímos e aí estamos nós, prontis para enfrentar o que vier. E assim vai ser desta vez. Venha o que vier, venha quem vier.
todos os caminhos vão dar à Alameda. Tantos carros, tantas pessoas a pé que tenho visto passar rumo ao Futebol Park, não tem conta!
Confesso que no início, durante aquela fase de grupos, não estava muito convencida de que seríamos capazes. Mas depois vi os jogadores formarem uma equipa, vi os jogadores a unirem-se em volta de um homem que, com toda a sua calma, a sua fé, o seu pragmatismo, os conduziu à vitória final! E vi um grande capitão, que soube motivar os seus colegas e que fez das tripas coração pela sua seleção, pelo seu país. Ganhamos. Ganhamos contra toda a arrogância, petulância, vaidade dos nossos adversários (e só por isso já valeu a pena). Ganhamos!
Parabéns Seleção! Parabéns Portugal!