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Canto de conversas

Umas vezes em modo Zen, outras nem por isso

Canto de conversas

Umas vezes em modo Zen, outras nem por isso

Até a Primavera ficou fechada em casa

20.03.20, Carla

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Já eu, continuo a vir trabalhar até a empresa arranjar os acessos para poder trabalhar em casa. 

Entretanto, deixei de vir de autocarro. Podendo, prefiro vir na (suposta) segurança do meu carro. 

Tenho os dois filhos e o marido em casa. Quando chego, abrem-me a porta e vou direita à casa de banho, onde já está tudo preparado, e entro no duche, sem tocar em nada. Só depois os cumprimento, voltando à vida (a) normal de casa.

O filho mais velho, que já não vive comigo, também continua a trabalhar. Na recepção de um hotel, com todos os riscos que isso acarreta nesta altura. 

Já dei por mim a chorar sozinha. E a minha situação pessoal e profissional nem é das piores.

Nunca o desejo de Saúde a cada passagem de ano fez tanto sentido. As pessoas despedem-se com um "saúde" em vez do "adeus" ou "até logo" de outras épocas (que me parecem longínquas!).

 

Estranhos tempos estes. Daqueles que apenas conhecíamos dos livros... 

Desculpem, mas não é suficiente

13.03.20, Carla

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O autocarro que apanho vai 50% do que costuma ir. Ainda assim, como respeitar o distanciamento nos transportes públicos? 

As escolas fecham para os alunos, mas as pessoas que lá trabalham têm que ir?

A ligeireza das medidas que algumas chefias tomam? 

Continuo a dizer, enquanto não fecharem mesmo tudo, nada se resolve. Tomar medidas aos bochechos não é solução.

E não. Não tem a ver com eu não querer trabalhar (pensem, com dois miúdos em plena adolescência confinados em casa, ficar fechada em casa com eles não é um cenário idílico). Tem mesmo a ver com mantermo-nos seguros e conseguir parar esta pandemia.