25 de Abril sempre!
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Isto de estudar em casa até podia correr bem, mas quando os professores da mesma turma utilizam plataformas diferentes para contactar com os alunos (escola virtual da Porto Editora, Escola Virtual da Leya, Classroom da Google, GMail...), torna-se complicada a organização, especialmente quando só há um PC para dois alunos de anos diferentes (vão valendo os smartphones).
Faz hoje duas semana que estou a trabalhar a partir de casa. Sou, sempre fui, uma pessoa caseira. Adoro estar em casa. Por isso, para mim, esta fase está a ser pacífica.
Mas cá em casa, a coisa está 50/50. Eu e o meu filho do meio estamos como queremos, já o pai e a filha começam a desesperar com o confinamento. O pai, de vez em quando, ainda vai à mercearia da esquina comprar pão e foi uma vez, desde que estamos todos em casa, fazer as compras do mês, para que nada nos falte durante o máximo tempo possível que estivermos confinados (nada de açambarcamentos, só mesmo o que precisamos).
Agora a filha, tirando as idas ao quintal (quando não chove), não saiu uma única vez e começa a ficar muito triste e desanimada. Sente saudade da presença física dos amigos, sente saudades dos treinos e das atuações, sente saudades do ar livre. Anteontem, fui dar com ela à uma da manhã com as baquetas na mão (mas sem bombo, claro) a treinar, sentada na cama e com a saudade espelhada nos olhos.
É duro, mas, como lhe expliquei já várias vezes, fazemos isto para que, o mais breve possível, possamos voltar a abraçar, beijar, festejar, brincar ao vivo com os nossos familiares, com os nossos amigos. Para que aqueles que continuam a sair todos os dias para trabalhar (como a tia e o irmão mais velho), saibam que pensamos neles e que fazemos este insignificante 'sacrifício' por eles.
No fim disto tudo, não vai ficar tudo bem para todos, claro que não. Mas por aqui fazemos a nossa parte para que no fim disto tudo, tudo fique o melhor possível.