O silêncio dentro do carro, enquanto a cidade lá fora se manifesta ruidosamente. Para mim, o silêncio é quase tudo. 

Aquela hora e meia a mais que pude estar na cama apetecível por ser dia de trabalho à distância. Começar o dia mais devagar é sempre motivante. 

Se eu conseguir (já tentei várias vezes), vou voltar ao meu Diário de Gratidão. Fazia-me bem, fez-me bem e continua a fazer-me bem quando o releio.

O Diário de Gratidão voltou a ser interrompido. Há dias em que não me apetece mesmo andar por aqui. Portanto, e porque o DdG não é uma obrigação, vou escrevendo quando me apetecer realmente. Não gosto deste tipo de obrigações que às vezes me imponho. Com esta idade já me devia conhecer e saber que vou 'desobedecer'... 

Hoje , enquanto estava na paragem, senti-me mal. Não sei se foi quebra de tensão ou outra coisa qualquer. O que sei é que o coração batia desalmadamente, a garganta apertava, o corpo cedia. Por sorte o autocarro estava mesmo a chegar e sentei-me antes que caísse. Passei metade da viagem em aflição.   E de um momento para o outro normalizei. Parecia que tinha ligado um interruptor. E a sensação de alívio é indescritível. 

Voltar a fazer crochet, agora que o tempo já refrescou de vez (a ver vamos). O poncho avança devagarinho, mas certo.   (foto um pouquinho desfocada porque o autocarro estava em andamento e também a janela estava suja) 

Ler à hora de almoço. Há bastante tempo que não o fazia, porque almoço sempre acompanhada, mas hoje pude fazê-lo e cheguei à conclusão que tenho que o fazer mais vezes.   

O dia perfeito de Outono. Não há dúvida que sou Outono. (para contrastar, a imperfeição do trânsito do final do dia...) 

Deitar ao som da chuva é maravilhoso. Adormeço embalada. 

Com os novos horários dos ensaios da miúda, e se não há atuações, fico com o sábado completamente livre de compromissos. Hoje foi um desses sábados. Não saí de casa. Há quem não me perceba, mas quem me conhece bem sabe o bem que me fez.