Não poder alterar para melhor a minha vida única e simplesmente porque não sou um ano mais velha.   Continuo a pensar que tudo acontece por uma razão. E essa razão vai, mais tarde ou mais cedo, aparecer.  

Começou por ser uma brincadeira, uma experiência. Agora, passados dois anos, a miúda encara isto como uma responsabilidade, para além de se continuar a divertir tremendamente.  E nós, que nunca imaginamos a dimensão que isto poderia tomar, enchemo-nos de orgulho a cada atuação dela e do grupo, que já é uma família.

Pai. Mãe. Mana. Filhos. Marido. Família. Amor. Descanso. Trabalho. Ler. Livros. Crochet. Tricot. Música. Dançar. Séries. Passear. Mar. Sol. Chuva. Outono. Doces. Café. Água. Benfica. Gatos. Cães. Canecas. Canetas. Malas. Conduzir. Silêncio. Abraços. Beijos. Gargalhadas. Sorrisos. Lágrimas. Medos. Inseguranças. Certezas. Optimismo. Experiência. Sabedoria. Mau humor. Bom humor. Gratidão. Fé. Outubro. 50 anos. Eu.

O que eu gosto da Mafalda e dos seus amigos.

Daqui a mais ou menos mês e meio faz 30 anos que trabalho nesta empresa, a grande maior parte deles 9 horas por dia, 5 dias da semana. Desde os 18 anos. Antes disso, trabalhei dois anos numa papelaria. Entre os 16 e os 18. Começo a ficar cansada. Para poder ter uma reforma razoável, apesar do que já fiz, ainda me exigem uma data de anos. E depois vejo colegas que se reformaram ou pré-reformaram com menos anos de serviço e às vezes de idade rejuvenescidos. Reformas por uma invalidez (...)

Os inícios de manhã lá em casa são relativamente fáceis. Ninguém tem grande dificuldade em levantar-se, mesmo quando está mais frio, basta um estore levantado e um "Bom dia! Está na hora!". Com maior ou menor velocidade, lá se vai saindo da cama, lá se vai tratar da higiene. Enquanto os pequenos tomam o pequeno-almoço com o pai, trato dos lanches e da roupa que vestem nesse dia. Pai sai, mãe trata dela enquanto os miúdos se vestem. Passo seguinte, levar os miúdos à escola e (...)