Até a Primavera ficou fechada em casa
Já eu, continuo a vir trabalhar até a empresa arranjar os acessos para poder trabalhar em casa.
Entretanto, deixei de vir de autocarro. Podendo, prefiro vir na (suposta) segurança do meu carro.
Tenho os dois filhos e o marido em casa. Quando chego, abrem-me a porta e vou direita à casa de banho, onde já está tudo preparado, e entro no duche, sem tocar em nada. Só depois os cumprimento, voltando à vida (a) normal de casa.
O filho mais velho, que já não vive comigo, também continua a trabalhar. Na recepção de um hotel, com todos os riscos que isso acarreta nesta altura.
Já dei por mim a chorar sozinha. E a minha situação pessoal e profissional nem é das piores.
Nunca o desejo de Saúde a cada passagem de ano fez tanto sentido. As pessoas despedem-se com um "saúde" em vez do "adeus" ou "até logo" de outras épocas (que me parecem longínquas!).
Estranhos tempos estes. Daqueles que apenas conhecíamos dos livros...