#nosficamosemcasa
Faz hoje duas semana que estou a trabalhar a partir de casa. Sou, sempre fui, uma pessoa caseira. Adoro estar em casa. Por isso, para mim, esta fase está a ser pacífica.
Mas cá em casa, a coisa está 50/50. Eu e o meu filho do meio estamos como queremos, já o pai e a filha começam a desesperar com o confinamento. O pai, de vez em quando, ainda vai à mercearia da esquina comprar pão e foi uma vez, desde que estamos todos em casa, fazer as compras do mês, para que nada nos falte durante o máximo tempo possível que estivermos confinados (nada de açambarcamentos, só mesmo o que precisamos).
Agora a filha, tirando as idas ao quintal (quando não chove), não saiu uma única vez e começa a ficar muito triste e desanimada. Sente saudade da presença física dos amigos, sente saudades dos treinos e das atuações, sente saudades do ar livre. Anteontem, fui dar com ela à uma da manhã com as baquetas na mão (mas sem bombo, claro) a treinar, sentada na cama e com a saudade espelhada nos olhos.
É duro, mas, como lhe expliquei já várias vezes, fazemos isto para que, o mais breve possível, possamos voltar a abraçar, beijar, festejar, brincar ao vivo com os nossos familiares, com os nossos amigos. Para que aqueles que continuam a sair todos os dias para trabalhar (como a tia e o irmão mais velho), saibam que pensamos neles e que fazemos este insignificante 'sacrifício' por eles.
No fim disto tudo, não vai ficar tudo bem para todos, claro que não. Mas por aqui fazemos a nossa parte para que no fim disto tudo, tudo fique o melhor possível.